quinta-feira , 26 junho 2025
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COP 30: O Brasil como Solução, e não como Problema

Assista ao vídeo do debate no You Tube, clicando aqui.

A Conferência do Clima da ONU (COP 30), que acontecerá em novembro de 2025 em Belém (PA), será um momento simbólico e estratégico para o Brasil. Em um debate promovido pelo site DireitoAmbiental.com, o advogado Maurício Fernandes, o engenheiro florestal Enio Fonseca e o jornalista Glauco Fonseca compartilharam análises profundas sobre os desafios, contradições e oportunidades que envolvem a realização da COP na Amazônia.

Três pilares e uma infraestrutura questionável podem prejudicar a COP 30

Maurício Fernandes apresentou os três pilares da COP 30: redução de emissões de gases de efeito estufa, resiliência climática e preservação das florestas. No entanto, alertou para os elevados custos do evento e a precariedade da infraestrutura em Belém, especialmente no que se refere à hospedagem e logística. A expectativa de um legado positivo para a cidade contrasta com os receios de obras inacabadas, como já ocorreu em outros eventos internacionais realizados no Brasil.

Geopolítica, soberania e financiamento: A COP 30 adiantará?

Glauco Fonseca adotou uma postura crítica, destacando a exploração geopolítica da pauta ambiental. Para ele, a COP corre o risco de se transformar em uma plataforma para pressionar o Brasil e enfraquecer setores estratégicos, como o agronegócio e a exploração de petróleo na margem equatorial. Ele alertou para o papel de ONGs financiadas por interesses estrangeiros e defendeu que os países mais emissores, como EUA, China e Europa, arquem com os custos da transição climática global.

Brasil: líder responsável, mas sem perder o equilíbrio

Com ampla experiência na área ambiental, Enio Fonseca defendeu um papel protagonista para o Brasil, mas com responsabilidade. Ele lembrou que o país contribui com uma fração das emissões globais, mas é cobrado desproporcionalmente. Também reforçou a importância de uma matriz energética diversificada, que leve em conta não apenas as emissões de CO₂, mas também a segurança hídrica, alimentar, mineral e energética.

Entre o ceticismo e a oportunidade na COP 30

Os participantes expressaram ceticismo em relação aos resultados práticos da COP, dado o histórico de decisões concentradas em pequenos grupos diplomáticos e o baixo impacto real das negociações para os países em desenvolvimento. Ainda assim, todos convergiram quanto à importância de o Brasil se posicionar estrategicamente: não como culpado, mas como parte essencial da solução climática global.

Reflexões finais

A COP 30 será um teste para a diplomacia, para a coerência interna das políticas ambientais brasileiras e para a capacidade do país de conciliar desenvolvimento econômico, segurança energética e proteção ambiental. Como afirmou Glauco Fonseca no encerramento: “O Brasil não é parte do problema ambiental global. É, antes, uma das maiores partes da solução.”

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mauricio fernandes advogadosMaurício Fernandes – Fundador do portal www.direitoambiental.com.

Instagram: @mfernandes.dam

 

 

 

 

 

 

Enio Fonseca – Engenheiro Florestal, Senior Advisor em questões socioambientais, Especialização em Proteção Florestal pelo NARTC e CONAF-Chile, em Engenharia Ambiental pelo IETEC-MG, em Liderança em Gestão pela FDC, em Educação Ambiental pela UNB, MBA em Gestão de Florestas pelo IBAPE, em Gestão Empresarial pela FGV, Conselheiro do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico, FMASE, foi Superintendente do IBAMA em MG, Superintendente de Gestão Ambiental do Grupo Cemig, Chefe do Departamento de Fiscalização e Controle Florestal do IEF, Conselheiro no Conselho de Política Ambiental do Estado de MG, Ex Presidente FMASE, founder da PACK OF WOLVES Assessoria Ambiental, foi Gestor Sustentabilidade Associação Mineradores de Ferro do Brasil e atual Diretor Meio Ambiente e Relações Institucionais da SAM Metais. Membro do Ibrades, Abdem, Adimin, Alagro, Sucesu, CEMA e CEP&G/ FIEMG e articulista do Canal direitoambiental.com

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