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LEI No 6.513, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1977

Regulamento

Dispõe sobre a criação de Áreas Especiais e de Locais de Interesse Turístico; sobre o Inventário com finalidades turísticas dos bens de valor cultural e natural; acrescenta inciso ao art. 2º da Lei nº 4.132, de 10 de setembro de 1962; altera a redação e acrescenta dispositivo à Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965; e dá outras providências.

        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I 
Das Áreas e dos Locais de Interesse Turístico

        Art . 1º – Consideram-se de interesse turístico as Áreas Especiais e os Locais instituídos na forma da presente Lei, assim como os bens de valor cultural e natural, protegidos por legislação específica, e especialmente:

        I – os bens de valor histórico, artístico, arqueológico ou pré-histórico;

        Il – as reservas e estações ecológicas;

        III – as áreas destinadas à proteção dos recursos naturais renováveis;

        IV – as manifestações culturais ou etnológicas e os locais onde ocorram;

        V – as paisagens notáveis;

        VI – as localidades e os acidentes naturais adequados ao repouso e à pratica de atividades recreativas, desportivas ou de lazer;

        VII – as fontes hidrominerais aproveitáveis;

        VIII – as localidades que apresentem condições climáticas especiais;

        IX – outros que venham a ser definidos, na forma desta Lei.

        Art . 2º – Poderão ser instituídos, na forma e para os fins da presente Lei:

        I – Áreas Especiais de Interesse Turístico;

        II – Locais de Interesse Turístico.

        Art . 3º – Áreas Especiais de Interesse Turístico são trechos contínuos do território nacional, inclusive suas águas territoriais, a serem preservados e valorizados no sentido cultural e natural, e destinados à realização de planos e projetos de desenvolvimento turístico.

        Art . 4º – Locais de Interesse Turístico são trechos do território nacional, compreendidos ou não em Áreas especiais, destinados por sua adequação ao desenvolvimento de atividades turísticas, e à realização de projetos específicos, e que compreendam:

        I – bens não sujeitos a regime específico de proteção;

        Il – os respectivos entornos de proteção e ambientação.

        § 1º – Entorno de proteção é o espaço físico necessário ao acesso do público ao Local de Interesse Turístico e à sua conservação, manutenção e valorização.

        § 2º – Entorno de ambientação é o espaço físico necessário à harmonização do local de Interesse Turístico com a paisagem em que se situar.

        Art . 5º – A ação do Governo Federal, para a execução da presente Lei, desenvolver-se-á especialmente por intermédio dos seguintes órgãos e entidades:

        I – Empresa Brasileira de Turismo (EMBRATUR) vinculada ao Ministério da Indústria e do Comércio;

        Il – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), do Ministério da Educação e Cultura;

        III – Instituto Brasileiro Desenvolvimento Florestal (IBDF), do Ministério da Agricultura;

        IV – Secretaria EspeciaI do Meio Ambiente (SEMA), do Ministério do Interior;

        V – Comissão Nacional de Regiões Metropolitanas e Política Urbana (CNPU), organismo interministerial criado pelo Decreto nº 74.156, de 6 de junho de 1974;

        VI – Superintendência do Desenvolvimento da Pesca (SUDEPE), do Ministério da Agricultura.

        Parágrafo único – Sem prejuízo das atribuições que lhes confere a legislação específica, os órgãos e entidades mencionados neste artigo atuarão em estreita colaboração, dentro da respectiva esfera de competência, para a execução desta Lei e dos atos normativos dela decorrentes.

        Art . 6º – A EMBRATUR implantará e manterá permanentemente atualizado o Inventário das Áreas Especiais de Interesse Turístico, dos Locais de Interesse Turístico e dos bens culturais e naturais protegidos por legislação específica.

        § 1º – A EMBRATUR promoverá entendimentos com os demais órgãos e entidades mencionados no art. 5º, com o objetivo de se definirem os bens culturais e naturais protegidos, que possam ter utilização turística, e os usos turísticos compatíveis com os mesmos bens.

        § 2º – Os órgãos e entidades mencionados nos incisos II a VI do art. 5º enviarão à EMBRATUR, para fins de documentação e informação, cópia de todos os elementos necessários à identificação dos bens culturais e naturais sob sua proteção, que possam ter uso turístico.

        Art . 7º – Compete à EMBRATUR realizar, ad referendum do Conselho Nacional de Turismo – CNTur – as pesquisas, estudos e levantamentos necessários à declaração de Área Especial ou Local de Interesse Turístico:

        I – de ofício;

        II – por solicitação de órgãos da administração direta ou indireta, federal, estadual, metropolitana ou municipaI; ou

        III – por solicitação de qualquer interessado.

        § 1º – Em qualquer caso, compete à EMBRATUR determinar o espaço físico a analisar.

        § 2º – Nos casos em que o espaço físico a analisar contenha, no todo ou em parte, bens ou áreas sujeitos a regime específico de proteção, os órgãos ou entidades nele diretamente interessados participarão obrigatoriamente das pesquisas, estudos e levantamentos a que se refere este artigo.

        § 3º – Serão ouvidos previamente o Serviço de Patrimônio da União (SPU), do Ministério da Fazenda, e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), do Ministério da Agricultura, sempre que o espaço físico a analisar contenha imóvel sob suas respectivas áreas de competência, constituindo-se, para o caso de bens do IBDF, o projeto de manejo dos Parques e Reservas a pré-condição à sua utilização para fins turísticos.

        § 4º – Quando o espaço físico a analisar estiver situado em área de fronteira, a EMBRATUR notificará previamente o Ministério das Relações Exteriores, para os fins cabíveis; no caso de áreas fronteiriças de potencial interesse turístico comum, a EMBRATUR, se o julgar conveniente, poderá também sugerir ao Ministério das Relações Exteriores a realização de gestões junto ao governo do país limítrofe, com vistas a uma possível ação coordenada deste em relação à parte situada em seu território.

        Art . 8º – A EMBRATUR notificará os proprietários dos bens compreendidos no espaço físico a analisar do início das pesquisas, estudos e levantamentos.

        § 1º – Os proprietários dos bens referidos neste artigo ficarão, desde a notificação, responsáveis pela sua integridade, ressalvando-se:

        I – a responsabilidade estabelecida por força da legislação federal específica de proteção do patrimônio natural e cultural;

        II – as obras necessárias à segurança, higiene e conservação dos bens, exigidas pelas autoridades competentes.

        § 2º – Serão igualmente notificadas as autoridades federais, estaduais, metropolitanas e municipais interessadas, para o fim de assegurar a observância das diretrizes a que se refere o § 4º.

        § 3º – As notificações a que se refere o presente artigo serão feitas:

        I – diretamente aos proprietários, quando conhecidos;

        II – diretamente aos órgãos e entidades mencionados no parágrafo anterior, na pessoa de seus dirigentes;

        III – em qualquer caso, por meio de publicação no Diário Oficial da União e nos dos Estados, nos quais estiver compreendido o espaço físico a analisar.

        § 4º – Das notificações a que se refere este artigo, constarão diretrizes gerais provisórias para uso e ocupação do espaço físico, durante o período das pesquisas, estudos e levantamentos.

        Art . 9º – Os efeitos das notificações cessarão:

        I – na data da publicação da resolução do CNTur, nos casos de pronunciamento negativo;

        Il – 180 (cento e oitenta) dias após a publicação da notificação no Diário Oficial da União, na ausência de pronunciamento do CNTur, dentro desse prazo;

        III – 360 (trezentos e sessenta) dias após a publicação da notificação no Diário Oficial da União, caso não se tenha efetivada, até então, a declaração de Área Especial ou de local de Interesse Turístico.

        Art . 10 – A EMBRATUR fica autorizada a firmar os convênios e contratos que se fizerem necessários à realização das pesquisas, estudos e levantamentos a que se refere o art. 7º.

CAPÍTULO II 
Das Áreas Especiais de Interesse Turístico

        Art . 11 – As Áreas Especiais de Interesse Turístico serão instituídas por decreto do Poder Executivo, mediante proposta do CNTur, para fins de elaboração e execução de planos e programas destinados a:

        I – promover o desenvolvimento turístico;

        II – assegurar a preservação e valorização do patrimônio cultural e natural;

        III – estabelecer normas de uso e ocupação do solo;

        IV – orientar a alocação de recursos e incentivos necessários a atender aos objetivos e diretrizes da presente Lei.

        Art . 12 – As Áreas Especiais de Interesse Turístico serão classificadas nas seguintes categorias:

        I – Prioritárias : áreas de alta potencialidade turística, que devam ou possam ser objeto de planos e programas de desenvolvimento turístico, em virtude de:

        a) ocorrência ou iminência de expressivos fluxos de turistas visitantes;

        b) existência de infra-estrutura turística urbana satisfatória, ou possibilidade de sua implementação;

        c) necessidade da realização de planos e projetos de preservação ou recuperação dos Locais de Interesse Turístico nelas incluídos;

        d) realização presente ou iminente de obras públicas ou privadas, que permitam ou assegurem acesso à área, ou a criação da infra-estrutura mencionada na alínea b ;

        e) conveniência de prevenir ou corrigir eventuais distorções do uso do solo, causadas pela realização presente ou iminente de obras públicas ou privadas, ou pelo parcelamento e ocupação do solo.

        II – De Reserva : áreas de elevada potencialidade turística, cujo aproveitamento deva ficar na dependência:

        a) da implantação dos equipamentos de infra-estrutura indispensáveis;

        b) da efetivação de medidas que assegurem a preservação do equilíbrio ambiental e a proteção ao patrimônio cultural e natural ali existente;

        c) de providências que permitam regular, de maneira compatível com a alínea precedente, os fluxos de turistas e visitantes e as atividades, obras e serviços permissíveis.

        Art . 13 – Do ato que declarar Área Especial de Interesse Turístico, da categoria Prioritária, constarão:

        I – seus limites;

        II – as principais características que lhe conferirem potencialidade turística;

        III – o prazo de formulação dos planos e programas que nela devam ser executados e os órgãos e entidades federais por eles responsáveis;

        IV – as diretrizes gerais de uso e ocupação do solo que devam vigorar até a aprovação dos planos e programas, observada a competência específica dos órgãos e entidades mencionados no art. 5º;

        V – as atividades, obras e serviços permissíveis, vedados ou sujeitos a parecer prévio, até a aprovação dos planos e programas, observado o disposto no inciso anterior quanto à competência dos órgãos ali mencionados.

        § 1º – Incluir-se-ão entre os responsáveis pela elaboração dos planos e programas, os órgãos e entidades enumerados nos incisos Il a VI, do art. 5º, que tiverem interesse direto na área.

        § 2º – O prazo referido no inciso III poderá ser prorrogado, a juízo do Poder Executivo, até perfazer o limite máximo de 2 (dois) anos, contados da data de publicação do decreto que instituir a Área Especial de Interesse Turístico.

        § 3º – Respeitados o prazo previsto no ato declaratório e suas eventuais prorrogações, conforme o parágrafo anterior, compete ao CNTur aprovar os planos e programas ali referidos.

        § 4º – O decurso dos prazos previstos nos parágrafos anteriores, sem que os planos e programas tenham sido aprovados pelo CNTur, importará na caducidade da declaração de Área Especial de Interesse Turístico.

        Art . 14 – A supervisão da elaboração e da implementação dos planos e programas caberá a uma Comissão Técnica de Acompanhamento, constituída de representantes:

        I – da EMBRATUR;

        II – dos demais órgãos e entidades referidos no art. 5º, com interesse direto na área;

        III – dos governos estaduais e municipais interessados, e da respectiva região metropolitana, quando for o caso.

        Art . 15 – Constarão obrigatoriamente dos planos e programas:

        I – as normas que devam ser observadas, a critério dos órgãos referidos nos incisos II a VI, do art. 5º, sob cuja jurisdição estiverem, a fim de assegurar a preservação, restauração, recuperação ou valorização, conforme o caso, do patrimônio cultural ou natural existente, e dos aspectos sociais que lhe forem próprios;

        II – diretrizes de desenvolvimento urbano e de ocupação do solo, condicionadas aos objetivos enumerados no inciso anterior e aos planos de desenvolvimento urbano e metropolitano que tenham sido aprovados pelos órgãos federais competentes;

        III – indicação de recursos e fontes de financiamento disponíveis para implementação dos mesmos planos e programas.

        Art . 16 – Os planos e programas aprovados serão encaminhados aos órgãos e entidades competentes para sua implementação, nos níveis federal, estadual, metropolitano e municipal.

        Art . 17 – Do ato que declarar Área Especial de Interesse Turístico, da categoria de Reserva, constarão:

        I – seus limites;

        II – as principais características que lhe conferirem potencialidade turística;

        III – os órgãos e entidades que devam participar da preservação dessas características;

        IV – as diretrizes gerais de uso e ocupação do solo e exploração econômica, que devam prevalecer enquanto a Área Especial estiver classificada como de Reserva, observada a responsabilidade estabelecida por força da legislação federal de proteção dos bens culturais e naturais;

        V – atividades, obras e serviços permissíveis, vedados ou sujeitos a parecer prévio.

        Parágrafo único – Os órgãos e entidades federais, estaduais, metropolitanos e municipais coordenar-se-ão com a EMBRATUR e com os órgãos mencionados no inciso III deste artigo, sempre que seus projetos, qualquer que seja sua natureza, possam implicar em alteração das características referidas no inciso II, deste artigo.

CAPÍTULO III 
Dos Locais de Interesse Turístico

        Art . 18 – Os Locais de Interesse Turístico serão instituídos por resolução do CNTur, mediante proposta da EMBRATUR para fins de disciplina de seu uso e ocupação, preservação, proteção e ambientação.

        Art . 19 – As resoluções do CNTur, que declararem Locais de Interesse Turístico, indicarão:

        I – seus limites;

        Il – os entornos de proteção e ambientação;

        Ill – os principais aspectos e características do Local;

        IV – as normas gerais de uso e ocupação do Local, destinadas a preservar aqueles aspectos e características, a com eles harmonizar as edificações e construções, e a propiciar a ocupação e o uso do Local de forma com eles compatível.

CAPÍTULO IV 
Da Ação dos Estados e Municípios

        Art . 20 – A EMBRATUR fica autorizada a firmar os convênios que se fizerem necessários, com os governos estaduais e municipais interessados, para:

        I – execução, nos respectivos territórios, e no que for de sua competência, desta Lei e dos atos normativos dela decorrentes;

        Il – elaboração e execução dos planos e programas a que se referem os arts. 12 e seguintes;

        Ill – compatibilização de sua ação, respeitando-se as respectivas esferas de competência e os interesses peculiares do Estado, dos municípios e da região metropolitana interessados.

        Parágrafo único – A EMBRATUR fica também autorizada a firmar convênios com órgãos e entidades federais, estaduais, metropolitanas e municipais visando à preservação do patrimônio cultural e natural, sempre com a participação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN ), respeitado o disposto no art. 6º, § 1º.

        Art . 21 – Poderão ser instituídas Áreas Especiais de Interesse Turístico e locais de Interesse Turístico, complementarmente, a nível estadual, metropolitano ou municipal, nos termos da IegisIação própria, observadas as diretrizes fixadas na presente Lei.

        Art . 22 – Declarados, a nível federal, Área Especial de Interesse Turístico, ou Local de Interesse Turístico, os órgãos e entidades mencionados no art. 5º prestarão toda a assistência necessária aos governos estaduais e municipais interessados, para compatibilização de sua legislação com as diretrizes, planos e programas decorrentes da presente Lei.

        Art . 23 – A EMBRATUR e os órgãos, entidades e agências federais que tenham programas de apoio à atividade turística darão prioridade, na concessão de quaisquer estímulos fiscais ou financeiros, aos Estados e Municípios que hajam compatibilizado sua legislação com a presente Lei, e aos empreendimentos neles localizados.

CAPÍTULO V 
Penalidades

        Art . 24 – Além da ação penal cabível, a modificação não autorizada, a destruição, a desfiguração, ou o desvirtuamento de sua feição original, no todo ou em parte, das Áreas Especiais de Interesse Turístico ou dos Locais de Interesse Turístico, sujeitam o infrator às seguintes penalidades:

        I – multa de valor equivalente a até mil Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTNs);

        I – multa de valor equivalente a até Cr$ 782.739,15 (setecentos e oitenta e dois mil, setecentos e trinta e nove cruzeiros e quinze centavos); (Redação dada pela Lei nº 8.181, de 1991)

        Il – interdição de atividade ou de utilização incompatível com os usos permissíveis das Áreas Especiais de Interesse Turístico ou dos Locais de Interesse Turístico;

        III – embargo de obra;

        IV – obrigação de reparar os danos que houver causado; restaurar que houver danificado, reconstituir o que houver alterado ou desfigurado;

        V – demolição de construção ou remoção de objeto que interfira com os entornos de proteção e ambientação do Local de Interesse Turístico.

        Art . 25 – As penalidades referidas no artigo anterior serão aplicadas pela EMBRATUR.

        § 1º – As penalidades dos incisos II a V, do art. 24, poderão ser aplicadas cumulativamente com a do inciso I.

        § 2º – Caberá recurso ao CNTur:  (Revogado pela Lei nº 8.181, de 1991)
        I – ex-offício , nos casos de multa de valor superior a 100 (cem) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTNs); (Revogado pela Lei nº 8.181, de 1991)
        Il – voluntário, sem efeito suspensivo, na forma e nos prazos a serem determinados por resolução do CNTur, nos demais casos. (Revogado pela Lei nº 8.181, de 1991)

        § 3º – Nos casos de bens culturais e naturais sob a proteção do IPHAN, do IBDF e da SEMA, aplicar-se-ão as penalidades constantes da respectiva legislação específica.

        Art . 26 – Aplicadas as penalidades dos incisos II a V, do art. 24, a EMBRATUR comunicará o fato à autoridade competente, requisitando desta as providências necessárias, inclusive meios judiciais ou policiais, se for o caso, para efetivar a medida.

        Art . 27 – Quando o infrator for pessoa jurídica, as pessoas físicas que, de qualquer forma, houverem concorrido para a prática do ato punível na forma da presente Lei, ficam igualmente sujeitas às penalidades do art. 24, inciso I.

        Art . 28 – O produto das multas constituirá renda própria do órgão que houver aplicado a penalidade.

CAPÍTULO VI 
Disposições Finais

        Art . 29 – Dos instrumentos de alienação de imóveis situados em Áreas Especiais de Interesse Turístico, ou em Locais de Interesse Turístico, constará obrigatoriamente, sob pena de nulidade, o respectivo ato declaratório, ainda que por meio de referência.

        Art . 30 – Os órgãos e entidades da administração direta ou indireta, federal, estadual, metropolitana ou municipal, compatibilizarão os planos, programas e projetos de investimentos, que devam realizar em Áreas Especiais de Interesse Turístico ou em Locais de Interesse Turístico, com os dispositivos e diretrizes da presente Lei ou dela decorrentes.

        Parágrafo único – A aprovação de planos e projetos submetidos aos órgãos, entidades e agências governamentais, e que devam realizar-se em Áreas Especiais de Interesse Turístico, ou em Locais de Interesse Turístico, será condicionada à verificação da conformidade dos referidos planos e projetos com as diretrizes da presente Lei e com os atos dela decorrentes.

        Art . 31 – O art. 2º, da Lei nº 4.132, de 10 de setembro de 1962, passa a vigorar acrescido do inciso seguinte:

"Art. 2º – ……………………………………………………………………..

VIII – a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas características, sejam apropriados ao desenvolvimento de atividades turísticas."

        Art . 32 – A EMBRATUR promoverá as desapropriações e servidões administrativas decretadas pelo Poder Executivo, com fundamento no interesse turístico.

        Art . 33 – O § 1º, do art. 1º, da Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965, passa a ter a seguinte redação:

"Art. 1º – …………………………………………………………………….

§ 1º – Consideram-se patrimônio público para os fins referidos neste artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico."

        Art . 34 – O art. 5º, da lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo:

"Art. 5º – ……………………………………………………………………

§ 4º – Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado."

        Art . 35 – O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de sua publicação.

        Art . 36 – A presente Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

        Art . 37 – Revogam-se as disposições em contrário.

        Brasília, em 20 de dezembro de 1977; 156º da Independência e 89º da República.

ERNESTO GEISEL 
Antônio Francisco Azeredo da Silveira 
Mário Henrique Simonsen 
Alysson Paulinelli 
Ney Braga 
Angelo Calmon de Sá

Este texto não substitui o publicado no DOU de 22.12.1977

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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