A criação de um tipo de salmão transgênico que cresce duas vezes mais rápido que o normal não traz riscos ambientais, segundo uma análise preliminar divulgada pelo FDA, o órgão dos Estados Unidos que fiscaliza a venda de remédios e alimentos.
O documento do órgão foi divulgado nesta semana, segundo veículos de imprensa dos EUA. Sua liberação foi considerada um “sinal verde” e mais um passo rumo à produção do salmão geneticamente modificado para consumo.
Uma análise anterior do FDA, produzida em 2010, afirmou que o salmão transgênico “é tão seguro como alimento quanto o salmão convencional, e há uma razoável certeza de que não haveria problemas com seu consumo”.
O órgão federal vai abrir uma consulta pública sobre ambos os documentos pelos próximos 60 dias, a partir desta quarta-feira (26).
Hormônio do crescimento – Para a criação do peixe, a empresa AquaBounty alterou geneticamente uma espécie conhecida como salmão do Atlântico e inseriu genes de outra espécie, chamada de salmão do Pacífico ou salmão-rei. O trecho de DNA inserido define a produção de um hormônio do crescimento, o que faz com que o peixe amadureça mais cedo e tenha tamanho maior do que o normal.
A empresa propôs ao FDA que os peixes sejam produzidos fora dos EUA e que sejam criadas apenas fêmeas estéreis – somente a carne seria vendida em território americano, o que evitaria ameaça ambiental caso os peixes escapassem.
Ativistas ambientais e defensores de alimentos saudáveis estão em alerta por conta da medida, diz o “Washington Post”. Países da União Européia já baniram alguns alimentos transgênicos, e instituíram rótulos e marcas para informar os consumidores sobre as modificações genéticas.
Fonte: G1