sábado , 27 abril 2024
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Descoberta revolucionária revela mecanismo de autolimpeza da atmosfera

A atmosfera possui um mecanismo de autolimpeza protagonizado pelo hidróxido (OH), revelando uma descoberta revolucionária. Recentemente, foi publicado um novo artigo na renomada revista Proceedings of the National Academy of Sciences, revelando a existência surpreendente desse mecanismo, o que pode ter implicações significativas para a proteção do meio ambiente.

“Você precisa de OH para oxidar hidrocarbonetos, caso contrário, eles se acumulariam na atmosfera indefinidamente”, Sergey Nizkorodov, professor de química da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI).

Uma atmosfera em constante ameaça:

No cotidiano, as atividades humanas têm gerado uma quantidade cada vez maior de poluentes, lançando-os na atmosfera. Muitos desses poluentes são tóxicos para seres humanos e outros seres vivos, contribuindo para a degradação da qualidade do ar e agravando o efeito estufa. Além disso, se não houvesse um mecanismo de autolimpeza, esses poluentes persistiriam no ar, acumulando-se indefinidamente e trazendo graves consequências para o meio ambiente.

O papel do hidróxido (OH) na autolimpeza:

Conforme o estudo, as gotículas de água presentes na atmosfera desempenham um papel fundamental na autolimpeza. Essas gotículas são capazes de gerar o radical hidróxido (OH) por meio de um mecanismo até então desconhecido. Surpreendentemente, o OH surge quase espontaneamente, não dependendo exclusivamente da energia solar para sua formação. Além disso, essas gotículas possuem um campo elétrico em sua superfície que estimula a criação desses radicais, tornando o processo ainda mais eficiente.

“OH é um jogador chave na história da química atmosférica. Ele inicia as reações que decompõem os poluentes atmosféricos e ajuda a remover da atmosfera substâncias químicas nocivas, como dióxido de enxofre e óxido nítrico, que são gases venenosos.” – Sergey Nizkorodov, professor de química da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI).

Um avanço científico com potencial impacto ambiental:

De acordo com Sergey Nizkorodov, antes acreditava-se ser necessária luz solar ou metais atuando como catalisadores do processo de produção do OH.

“O que esse artigo diz basicamente é que você não precisa de nada disso”, resume. “Na própria água pura, OH pode ser criado espontaneamente pelas condições especiais na superfície das gotículas”.

O radical hidroxila (OH) é um oxidante chave que desencadeia a química da oxidação atmosférica nas fases gasosa e aquosa. (CRÉDITO: PNAS)

A pesquisa foi baseada  em trabalhos anteriores de cientistas da Universidade de Stanford liderados por Richard Zare, que relataram a formação espontânea de peróxido de hidrogênio nas superfícies de gotículas de água. As novas descobertas ajudam a interpretar os resultados inesperados do grupo Zare. Artigo Spontaneous dark formation of OH radicals at the interface of aqueous atmospheric droplets.pdf

O caminho adiante:

Apesar dos avanços, os cientistas estão cientes de que ainda há muito a ser explorado e compreendido sobre esse mecanismo de autolimpeza. Portanto, novas pesquisas estão sendo planejadas para confirmar os resultados e aprofundar o entendimento desse processo em diferentes regiões do globo. Por meio da colaboração entre instituições de pesquisa de diferentes países é essencial para obter uma visão abrangente sobre a questão da poluição atmosférica e desenvolver soluções mais eficientes e sustentáveis para proteger nosso ambiente.

Em resumo, a descoberta do mecanismo de autolimpeza da atmosfera, protagonizado pelo hidróxido (OH), é uma conquista científica emocionante, com implicações promissoras para a proteção ambiental. Com esse conhecimento, temos a esperança de enfrentar com mais eficácia os desafios da poluição atmosférica e contribuir para um futuro mais limpo e saudável para o nosso planeta e as futuras gerações.

Para ler o estudo completo no PNAS, clique aqui.

 

 

Lideres do projeto:

Christian George Centro Nacional de Pesquisa Científica da Universidade de Lyon, na França  (Clique aqui para mais artigos do autor)e Sergey Nizkorodov, professor de Química da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI)  (Clique aqui para mais artigos do autor)

 

Fonte: The Brighter Side of News 

 

 

 

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