Painéis solares vão compor a rede de abastecimento dos clientes de Campinas (SP) em 2013. O projeto foi desenvolvido pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) juntamente com pesquisadores da Unicamp e empresas privadas.
O projeto foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como parte dos esforços para a diversificação da matriz energética no país. De acordo, com o professor Ennio Peres, do Instituto de Física Gleb Wataghin, um megawatt (MW) será produzido em uma usina a ser instalada na subestação Tanquinho e outros 75 quilowatts (kW) terão origem na própria universidade.
“A inauguração está prevista para o mês de novembro e o início do funcionamento, que é a injeção de eletricidade na rede, para o mês de janeiro. A produção da usina é suficiente para abastecer pelo menos 650 clientes, cujo consumo médio é de 200 kWh / mês”, explicou o pesquisador ao G1.
Peres defende que a ação deve ser ampliada para que mais consumidores sejam beneficiados em longo prazo. “Por enquanto, o ideal é que os clientes não vejam diferença em suas residências, pois a energia deve ser injetada com qualidade necessária para não perturbar o fornecimento. Além disso, determinar quanto de fato será produzido e como isso variará durante o dia também é um dos objetivos”, explicou.
O projeto da CPFL tem investimento de R$ 13,8 milhões e muitos benefícios ambientais, como a não emissão de gás carbônico ou uso de áreas alagadas para construção de hidrelétricas.
A desvantagem ainda refere-se ao custo da produção de energia renovável. O pesquisador reconhece que a popularização da alternativa será demorada. “Um estudo da Empresa de Planejamento Energético mostra que há viabilidade em vários estados, mas é necessário um investimento de quase R$ 40 mil”.
Desta forma, o especialista indica outros meios de ajudar o meio ambiente sempre comprometer as finanças. “O mais prático hoje é o consumidor instalar um coletor solar de aquecimento de água, que pode economizar de 25 a 50% de sua conta de luz, com um investimento inferior a R$ 2 mil”.
* Com informações do G1.
Fonte: Mercado Ético