quinta-feira , 3 julho 2025
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Kit de Sobrevivência: Você Está Preparado?

Por Enio Fonseca e Decio Michellis Jr.

Desiderata
Siga tranquilamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.
Tanto quanto possível sem humilhar-se, mantenha-se em harmonia com todos que o cercam.
Fale a sua verdade, clara e mansamente.
Escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história…
Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar…
Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de
armadilhas…
Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo…
Cultive a força do espírito e você estará preparado
para enfrentar as surpresas da sorte adversa…
Ao lado de uma sadia disciplina conserve,
para consigo mesmo, uma imensa bondade…
No meio do seu trabalho e nas aspirações, na fatigante jornada pela vida,
conserve, no mais profundo do seu ser, a harmonia e a paz…
Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz
e partilhe com os outros a sua felicidade”.
“Desiderata” (latim: ‘coisas desejadas’) é um poema em prosa de 1927 do escritor americano Max Ehrmann.

Sobrevivencialismo

“O instinto de sobrevivência supera a inteligência. No fim, o ecossistema é dominado por essa força de vontade”. All Of Us Are Dead (série)

Sobrevivencialismo é um movimento social de indivíduos ou grupos (chamados de sobrevivencialistas, preparadores do juízo final ou preppers que se preparam proativamente para emergências, como desastres naturais e outros desastres que causam perturbação da ordem social (ou seja, desordem civil) motivadas por crises políticas ou econômicas. Os preparativos podem antecipar cenários de curto prazo ou de longo prazo, em escalas que variam de adversidade pessoal a interrupção local de serviços e catástrofes internacionais ou globais.
O sobrevivencialismo enfatiza a autossuficiência, o estoque de suprimentos e a aquisição de conhecimentos e habilidades de sobrevivência. O estoque de suprimentos em si abrange um amplo espectro, desde kits de sobrevivência (bolsas de emergência, mochilas de emergência) até bunkers inteiros em casos extremos. O foco deste artigo são os kits de sobrevivência para a ocorrência de apagões (blecautes): interrupções temporárias (podendo ultrapassar semanas) e generalizadas do fornecimento de energia elétrica em uma determinada área. Essa interrupção pode ser causada por diversos fatores, como falhas no sistema de geração, transmissão ou distribuição de energia, condições climáticas adversas, sobrecarga do sistema ou até mesmo ações humanas.
Além da falta de energia, um blecaute pode trazer consequências como o colapso da infraestrutura:
Interrupção de serviços essenciais: Como hospitais, sistemas de transporte, comunicação, fornecimento de água potável e esgotamento sanitário (quando exige bombeamento e interrupção do funcionamento das estações tratamento de esgoto).
Prejuízos econômicos: Devido à interrupção de atividades comerciais e industriais.
Problemas de segurança: Falta de iluminação e dificuldade de comunicação. Pode haver momentos de tumulto e rebelião quando a lei e a ordem se rompem temporariamente por completo.
Uma bolsa de equipamentos, frequentemente chamada de “bolsa de emergência” (BOB), pode ser criada contendo necessidades básicas e itens úteis. Ela pode ser de qualquer tamanho, pesando o quanto o usuário for capaz de carregar.

Apagões em Destaque

A segurança energética é a capacidade de garantir o abastecimento de energia de forma estável, constante e em quantidades adequadas.
A Agência Internacional de Energia (IEA, 2005) define segurança energética como a oferta e disponibilidade de serviços energéticos a todo momento, em quantidade suficiente e a preços acessíveis.
A seguir são apresentados alguns apagões relevantes de energia elétrica ocorridos num passado recente:

Apagões na Região Metropolitana de São Paulo
11/10/2024 a 17/10/2024: após as intensas chuvas que caíram na Região Metropolitana 3.100.000 consumidores tiveram o fornecimento de energia elétrica interrompido. Mesmo após a própria ENEL considerar normalizada a situação no dia 17/10/2024, seis dias após o temporal, haviam acerca de 36 mil clientes sem energia. Perdas estimadas em R$ 2 bilhões.
03/11/2023 a 09/11/2023: 3.700.000 consumidores foram atingidos causado por fortes chuvas e ventania na região metropolitana da capital. O problema foi totalmente resolvido somente 6 dias após as chuvas que abateram a RMSP quando 600.000 clientes ficaram sem energia por mais de 48 horas. Perdas estimadas em R$ 2,4 bilhões.
Ou seja, em menos de 1(um) ano, a população da Grande São Paulo enfrentou duas vezes, após fortes chuvas com ventos, demora excessiva no restabelecimento do fornecimento de energia elétrica.

Enchentes no RS (2023 e 2024)
29/04/2024 a 05/05/2024: 478 dos 497 municípios afetados com R$ 13,3 bilhões em prejuízos informado pelos Municípios. Danos Humanos: 182 mortos; 29 desaparecidos; 98,6 mil desabrigados; 701,4 mil desalojados; 11,4 mil feridos e enfermos; e 4,7 milhões de pessoas afetadas.
04/09/2023 a 10/09/2023: as enchentes no Vale do Taquari deixaram cerca de 359 mil atingidos, 4.794 desabrigados e mais de 20.490 desalojados, além de 47 mortes, 46 desaparecidos, 924 feridos, com danos estimados em R$ 1,3 bilhões.

Falha em parques eólicos e solares no Ceará
Em 15/08/23 o Brasil viveu um apagão que durou até 8 h, com 29 milhões de pessoas afetadas em todos os estados, exceto Roraima. Ocorreu uma perda em 10 minutos de 25,9% da carga/19.000 MW, decorrentes de uma falha em parques eólicos e solares (incapacidade de suporte dinâmico de potência reativa) no CE.

Apagão no Amapá
3/11/2020 a 24/11/2020: atingindo 13 dos 16 municípios do estado, incluindo a capital Macapá. Retomada da energia elétrica em 7/11/20 em alguns bairros de Macapá e uma parte de Santana, dando início ao sistema de rodízio, inicialmente de seis horas, com exceção de bairros que atendem serviços essenciais, que passaram a ter a energia por 24 horas. Serviços de telefonia celular, internet, abastecimento de água, saques eletrônicos em bancos, caixas de supermercados, lojas de conveniência, bares e restaurantes e outros locais foram afetados pela falta de energia. Já os hospitais, shoppings centers e aeroportos passaram a funcionar com a ajuda de geradores.

Apagão Europeu
O apagão europeu de 2025 foi um apagão geral que teve início às 11h33 (hora de Lisboa) / 10h33 UTC (Coordinated Universal Time) em 28/04/25, afetando toda a Península Ibérica, Portugal continental e a Espanha peninsular, Andorra e o sudoeste de França. A energia elétrica foi interrompida por cerca de 12 a 14 horas na maior parte da Península e mais tempo em algumas áreas. Pequenos cortes de energia com duração de segundos ou minutos ocorreram em regiões adjacentes de Andorra e partes do sudoeste da França.
Oito vítimas fatais confirmadas decorrentes do apagão. Perdas econômicas estimadas em até € 5 bilhões. A população do país correu para lojas e supermercados, nas primeiras 5 h levando tudo, de papel higiênico a macarrão, das prateleiras. Colapso total e completo. Power Banks, ou carregadores portáteis, se tornaram particularmente populares entre os moradores, o que não deixou os especuladores de aproveitarem, elevando os preços para até 12 mil euros por uma bateria externa simples.

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Estratégia da União de Preparação da UE

“Os riscos e ameaças interconectados que a Europa enfrenta hoje e no futuro exigem uma abordagem coordenada à preparação, passando de uma gestão de crise reativa para uma proativa e garantindo uma cultura de resiliência em toda a sociedade.
Em segundo lugar, a UE ampliou significativamente seu conjunto de ferramentas de gestão de crises nos últimos anos, apesar das recentes crises de grande escala e longa duração. No entanto, esse conjunto de ferramentas permanece fragmentado entre diferentes instituições, serviços e agências. Com a União da Preparação, reuniremos essas capacidades sob uma estrutura coordenada.
Em terceiro lugar, para estarmos preparados para os piores cenários, precisamos aprimorar nossa preparação e envolver todos. Empresas, organizações da sociedade civil e cidadãos possuem conhecimentos e habilidades valiosos para apoiar a preparação e a resiliência da sociedade. A Estratégia de Preparação oferece suporte para melhor integrá-los à nossa preparação civil coletiva.
A UE está se preparando para um amplo espectro de riscos e ameaças, abrangendo desastres naturais e provocados pelo homem. Isso inclui:
Desastres naturais: inundações, incêndios florestais, terremotos e eventos climáticos extremos agravados pelas mudanças climáticas.
Desastres induzidos pelo homem: acidentes industriais, falhas tecnológicas e pandemias.
Ameaças híbridas: ataques cibernéticos, campanhas de desinformação e manipulação e interferência de informações estrangeiras (FIMI) e sabotagem de infraestrutura crítica.
Crises geopolíticas: conflitos armados, incluindo a possibilidade de agressão armada contra Estados-Membros.
A estratégia de constituição de reservas da UE integrará todas as ações de constituição de reservas existentes, com foco na garantia do acesso a recursos críticos em toda a União, em estreita colaboração com os Estados-Membros. Isto inclui:
Suprimentos de resposta a emergências e desastres: equipamentos, materiais e recursos essenciais necessários para responder a desastres naturais e provocados pelo homem.
Contramedidas médicas: vacinas, medicamentos e equipamentos médicos para lidar com emergências de saúde pública.
Matérias-primas críticas: recursos essenciais para a produção industrial e autonomia estratégica.
Equipamentos de energia: componentes e tecnologias necessários para manter a segurança energética.
Potencialmente, produtos agroalimentares e segurança hídrica: para garantir contra escassez em tempos de crise.” ()
Outras medidas da Estratégia de Preparação da União Europeia: criar uma cultura de preparação mais alargada com medidas que envolvem escolas, empresas e serviços públicos. Inclui as seguintes ações:
Incluir temas de preparação nos currículos escolares.
Criar um “Dia Europeu da Preparação”.
Reforçar as reservas de bens críticos (medicamentos, equipamentos médicos, energia).
Garantir acesso a recursos essenciais como a água.
Realizar exercícios de treino conjuntos à escala europeia.
Juntar forças civis e militares em simulações de crise.
Criar protocolos com empresas para assegurar produção e fornecimento de bens essenciais.
Tudo isto com um objetivo simples: garantir que, numa crise, a resposta seja rápida, coordenada e eficaz.

Kit de Sobrevivência

Entre as medidas mais práticas está precisamente a criação de kits de sobrevivência/emergência, ajustados à realidade de cada país. Não se trata de criar medo, mas sim de promover uma cultura de prevenção. O objetivo não é espalhar pânico, é evitar repetições de situações caóticas. O objetivo principal de uma mochila de emergência é permitir que alguém evacue rapidamente se ocorrer um desastre. Uma mochila de emergência também pode ser usada para se abrigar no local (“bugging in”) como resposta a emergências como apagões/blecautes.
Não há uma lista única, válida para todos. Cada país pode ajustar os itens conforme o clima, os riscos mais prováveis ou a realidade social. 72 h é o tempo que se estima ser mais crítico numa emergência. São as primeiras horas depois de um evento disruptivo – quando os serviços podem estar inoperacionais e a ajuda ainda a ser organizada – que exigem maior autonomia individual. Ter um kit preparado pode ser o que separa o caos da tranquilidade. Há elementos comuns que quase todos os kits devem incluir:
Água potável (pelo menos 3 litros por dia por pessoa).
Alimentos não perecíveis (conservas, barras energéticas, bolachas, frutos secos, arroz, massa etc.).
Artigos de higiene pessoal (Lenços umedecidos, sabonete, sacos de lixo etc.).
Caneta Mini Filtro de Água (filtra até 1.000 l) () O colapso no fornecimento de energia elétrica leva os serviços de água e esgoto a interromperem suas atividades. Em horas a disponibilidade de água potável cessa após o esgotamento dos reservatórios e fim do bombeamento. Esta é uma alternativa interessante aos estoques de água mineral potável em garrafas plásticas.

Canivete suíço ou uma ferramenta multifuncional.
Chaves sobresselentes.
Cobertores (dependendo do clima).
Contatos de emergência anotados.
Contatos de familiares e amigos.
Cópias de documentos importantes
Dinheiro em espécie.
Isqueiro/fósforos e velas (recomenda-se não fazer uso delas em ambientes confinados pois elas podem representar risco de incêndio).
Kit de primeiros socorros.
Lanterna e pilhas sobressalentes.
Medicamentos essenciais (prescritos de uso contínuo e sem receita, como analgésicos, antidiarreicos, antiácidos ou laxantes).
Powerbank (um carregador portátil para celular) e carregadores.
Rádio portátil (preferencialmente a pilhas ou de manivela).
Roupas.
Máscara contra poeira (para ajudar a filtrar o ar contaminado).
Lona plástica e fita adesiva (para se proteger no local).
Um apito (para pedir ajuda).
Algo para passar o tempo, como um baralho, livros, jogos, quebra-cabeças ou outras atividades para crianças (caso aplicável).
A Cruz Vermelha Americana recomenda um kit de preparação para emergências que seja fácil de transportar e usar em caso de emergência ou desastre.

“Só garante a sobrevivência, quem se reinventa sem perder a essência.” (Nelio Wanderley)

Veja alguns exemplos de kits de sobrevivência comerciais à venda: ()

National Grid: 12 dicas para se preparar para uma queda de energia

A National Grid é uma empresa de energia com atuação no Reino Unido e nos EUA fornecendo eletricidade e gás.
“Em caso de falta de energia, você não quer ter que correr atrás de suprimentos de repente. Então, enquanto você tem energia, é uma boa ideia reunir tudo o que você precisa em um só lugar, de fácil acesso.
Pense também no que você pode fazer agora para se preparar para uma queda de energia, bem como no que fazer durante uma, para facilitar as coisas para você e sua família.
Aqui estão 12 dicas para garantir que você esteja preparado para uma queda de energia.
1. Mantenha lanternas e baterias à mão
Certifique-se de manter algumas lanternas e pilhas extras à mão caso a queda de energia aconteça quando estiver escuro lá fora (você provavelmente não vai querer usar a lanterna do seu celular, pois isso descarregará a bateria mais rápido). Certifique-se de que todos em sua casa saibam onde elas estão guardadas, para que a pessoa mais próxima possa recuperá-las e ajudar outras pessoas em segurança. Não é aconselhável usar velas ou qualquer outra chama viva para fornecer luz, pois elas podem representar risco de incêndio.
2. Certifique-se de que seu celular esteja carregado (e qualquer outro equipamento em que você confia)
É uma boa ideia manter seu celular carregado e garantir que haja dados disponíveis caso o Wi-Fi esteja inativo.
Talvez você também queira ter um carregador portátil totalmente carregado disponível, caso precise carregar seu telefone, tablet ou outros dispositivos.
Certifique-se de carregar regularmente qualquer equipamento médico do qual você depende. Você também pode considerar manter uma bateria reserva disponível para eles.
3. Proteja os alimentos na sua geladeira e no freezer
Mantenha as portas da geladeira e do freezer fechadas para proteger o conteúdo. De acordo com a Agência de Padrões Alimentares (FSA), sua geladeira manterá os alimentos seguros por até quatro horas durante uma queda de energia, desde que você mantenha a porta fechada o máximo possível. A FSA afirma que um freezer cheio manterá uma temperatura segura por aproximadamente 48 horas (24 horas se estiver pela metade) se a porta permanecer fechada.
4. Tenha alguns alimentos e bebidas disponíveis que não necessitem de eletricidade para aquecer ou preparar.
Em caso de queda de energia, você pode não conseguir usar os eletrodomésticos da cozinha, então é melhor garantir que haja algo disponível para comer que não exija eletricidade ou aquecimento.
5. Desligue os aparelhos elétricos
É uma boa ideia desligar todos os aparelhos elétricos que não foram projetados para funcionar sem supervisão – como fogões, grelhas, sanduicheiras, frigideiras, chapinhas e forno de micro-ondas – para que não liguem sem que você perceba quando a energia voltar. Também é uma boa ideia desconectar a TV e o PC da tomada para evitar danos em caso de picos de energia quando a energia voltar.
6. Deixe uma luz acesa
Deixe pelo menos uma luz acesa em casa para saber quando a energia voltar. Se a queda de energia ocorrer durante o dia, é uma boa ideia ligar um interruptor caso a queda de energia continue à noite.
7. Água quente para bebidas ou aquecimento
Talvez você queira ferver um pouco de água e mantê-la em uma garrafa térmica, pois poderá usá-la para fazer bebidas quentes.
8. Mantenha-se aquecido e seguro (caso aplicável)
Ter cobertores e roupas grossas à mão e de fácil acesso para manter todos em casa aquecidos é uma boa ideia. Você também pode reduzir a perda de calor fechando as portas dos cômodos não utilizados e as cortinas. Tenha também um kit de primeiros socorros à mão, em caso de emergência. Para locais quentes (principalmente nas regiões norte e nordeste do Brasil seria o oposto, melhorando a ventilação natural).
9. Salve seu trabalho regularmente
Se você trabalha em casa, é uma boa ideia salvar seu trabalho regularmente para não perder nada. Se o seu computador tiver uma função de salvamento automático, certifique-se de ativá-la.
10. Encha seu carro com gasolina
Muitos postos de gasolina não conseguem abastecer durante uma queda de energia, então é uma boa ideia manter o tanque de combustível do seu veículo pelo menos pela metade e abastecer se você souber que uma queda de energia está próxima.
Também é útil saber como abrir manualmente a porta da garagem, se você tiver uma elétrica, para poder tirar o carro dela se necessário.
11. Certifique-se de que o equipamento médico essencial tenha uma bateria de reserva
Cortes de energia afetarão equipamentos como elevadores de escadas, elevadores de banheiro e camas ajustáveis. Certifique-se de que todos os equipamentos médicos essenciais tenham bateria reserva. Isso significa que você poderá continuar usando-os mesmo em caso de queda de energia. Se você tiver um elevador de escadas, verifique se ele possui uma alavanca de liberação manual. Você pode usá-la para retornar o elevador ao térreo em caso de corte de energia.
As fontes de alimentação de reserva e os equipamentos associados devem ser verificados e mantidos regularmente por uma pessoa competente. Se estiver preocupado, entre em contato com seu fornecedor de equipamentos médicos ou profissional de saúde o mais rápido possível.
12. Se precisar de suporte extra, inscreva-se nos serviços prioritários
Se você ou alguém que você conhece precisar de suporte extra durante um corte de energia, pode se inscrever para serviços prioritários. Isso significa que as equipes de assistência social o manterão informado, geralmente com um número de emergência para o qual você pode ligar, suporte personalizado, como refeições quentes e aconselhamento, e até mesmo visitas domiciliares, se necessário.
Fornecedores de energia e operadores de rede manterão um Registro de Serviços Prioritários. Se você acha que deve ser incluído, entre em contato com seu fornecedor de energia ou operador de rede.” ()
De acordo com o artigo 27 da Resolução Normativa nº 414/10 da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, o cliente cadastrado na condição de “Cliente Vital”, é aquele que utiliza equipamentos elétricos essenciais à sobrevivência humana. As concessionárias de energia elétrica devem cadastrar na condição de “Cliente Vital” os clientes que utilizam/dependem de equipamentos de autonomia limitada, vitais à preservação da vida humana e que necessitam do fornecimento de energia elétrica para o seu pleno funcionamento.
Equipamentos que se enquadram na condição Cliente Vital:
Aspirador elétrico de secreções;
BIPAP: Pressão aérea positiva em dois tempos;
Concentradores de oxigênio;
CPAP: Pressão positiva continua;
Equipamentos para diálise manual e automatizada (DPA e DPAC);
Equipamentos para ventilação mecânica;
Monitores de parâmetros vitais;​
Oxímetros portáteis;
Ventiladores mecânicos: BREAS 101/ BREAS 102/ Pulmão artificial;
Equipamentos ou casos que não se enquadram na condição Cliente Vital:
Ar-condicionado
Cama motorizada;
Geladeira/freezer (clientes que necessitam armazenar a medicação. Ex.: insulina, por conta de diabetes).
Inaladores convencionais (aqueles comercializados em farmácias, para os casos de rinite, sinusite, gripe, congestão nasal etc.);
Vacinas que necessitam de conservação em ambiente refrigerado (geladeira);

Cinco itens que salvam vidas e que toda sala segura e abrigo antiaéreo deve conter

Com o conflito recente entre Israel e o Irã, o Jerusalem Post publicou dicas muito interessantes que compartilhamos:
Aqui estão os cinco itens que você deve manter em seu Mamad para garantir que você possa reagir rapidamente caso um míssil atinja diretamente seu prédio residencial.
Sirenes e foguetes de ataque aéreo ininterruptos, disparados do Irã contra a área metropolitana de Tel Aviv (Gush Dan), forçaram milhões de israelenses a se refugiarem em seus quartos seguros (Mamad), muitas vezes na calada da noite. Enquanto a maioria dos civis permanecia grudada em noticiários ou aplicativos de alerta, equipes de resgate e combate a incêndios trabalhavam nos locais diretamente atingidos e retornavam com recomendações vitais, algumas aparentemente triviais, outras surpreendentes, mas todas nascidas de sangue, poeira e estilhaços de vidro.
Aqui estão os cinco itens que você deve manter em seu Mamad para garantir que você possa reagir rapidamente se um míssil atingir seu prédio residencial diretamente:
1. Sapatos fechados
Um dos incidentes mais comuns relatados envolveu moradores correndo para o Mamad descalços e, em seguida, tendo que sair para um apartamento devastado, onde o chão estava coberto de escombros, cacos de vidro e pedaços de parede. Em vários casos, pessoas se feriram ao tentar andar descalças sobre fragmentos afiados. Recomendação: deixe um par de sapatos fechados e resistentes perto da porta, dentro do seu Mamad, pronto para calçar rapidamente.
2. Bolsa de emergência (Kit de Sobrevivência)
A evacuação de um prédio atingido por foguetes geralmente implica uma proibição estrita de entrada no apartamento devido aos riscos de desabamento estrutural ou incêndios. Portanto, as equipes de resgate recomendam manter uma mala pré-embalada dentro do Mamad contendo roupas suficientes para pelo menos um ou dois dias, medicamentos essenciais, dinheiro, um carregador portátil, seu passaporte e carteira de identidade, chaves do carro e outros documentos vitais, como documentos de seguro ou dados bancários. Em uma evacuação repentina, este kit pode reduzir significativamente o sofrimento desnecessário.
3. Artigos para animais de estimação
Inúmeros casos foram documentados em que moradores foram retirados de apartamentos sem saber o destino de seus cães ou gatos. Se você tem um animal de estimação, inclua em seu Mamad ração seca, uma guia e uma caixa de transporte ou cesta de transporte rápido. Se não puder levar seu animal, deixe um aviso claro na porta indicando que um animal desacompanhado precisa de ajuda. Isso alerta os socorristas imediatamente para verificarem.
4. Registro de moradores do edifício
Às vezes, equipes de resgate passam horas procurando por pessoas desaparecidas em prédios danificados. Para agilizar esse processo, mantenha uma lista atualizada de todos os moradores do seu prédio e afixe-a na entrada principal e em cada andar. Isso facilita muito a localização de quem não apareceu e evita buscas desnecessárias.
5. Carregador portátil e água para estadias prolongadas
Considerando que muitos são forçados a permanecer em suas salas seguras por períodos prolongados em meio a constantes ameaças à segurança, é essencial manter suprimentos básicos de comunicação e bem-estar. Um carregador portátil permite que você permaneça conectado, receba alertas ou peça ajuda, mesmo durante quedas de energia. Uma garrafa de água pessoal — de preferência com uma tampa de segurança — evita a desidratação durante estadias longas. Os bombeiros também recomendam manter lanches simples, um cobertor leve e uma pequena lanterna à mão.
Ao preparar esses cinco itens com antecedência, você estará muito mais bem equipado para proteger a si mesmo e seus entes queridos no caso de um ataque direto de míssil ao seu prédio.” ()

Conclusões

Se algo acontecer (como um apagão que possa durar mais de um dia, por exemplo) não sejamos apanhados completamente desprevenidos. Não significa que algo grave vá acontecer. Ter um kit de sobrevivência não quer dizer que se esteja à espera de uma catástrofe iminente, significa apenas que, se algo acontecer, não precisamos entrar em pânico. Preparar é, mais do que nunca, uma forma de proteger.
A vida é uma rotina de sobrevivência… esteja preparado!

Enio Fonseca – Engenheiro Florestal, Senior Advisor em questões socioambientais, Especialização em Proteção Florestal pelo NARTC e CONAF-Chile, em Engenharia Ambiental pelo IETEC-MG, em Liderança em Gestão pela FDC, em Educação Ambiental pela UNB, MBA em Gestão de Florestas pelo IBAPE, em Gestão Empresarial pela FGV, Conselheiro do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico, FMASE, foi Superintendente do IBAMA em MG, Superintendente de Gestão Ambiental do Grupo Cemig, Chefe do Departamento de Fiscalização e Controle Florestal do IEF, Conselheiro no Conselho de Política Ambiental do Estado de MG, Ex Presidente FMASE, founder da PACK OF WOLVES Assessoria Ambiental, foi Gestor Sustentabilidade Associação Mineradores de Ferro do Brasil e atual Diretor Meio Ambiente e Relações Institucionais da SAM Metais. Membro do Ibrades, Abdem, Adimin, Alagro, Sucesu, CEMA e CEP&G/ FIEMG e articulista do Canal direitoambiental.com

LinkedIn Enio Fonseca

Decio Michellis Jr. – Licenciado em Eletrotécnica, com MBA em Gestão Estratégica Socioambiental em Infraestrutura, extensão em Gestão de Recursos de Defesa e extensão em Direito da Energia Elétrica, é Coordenador do Comitê de Inovação e Competitividade da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica – ABCE, assessor técnico do Fórum do Meio Ambiente do Setor Elétrico - FMASE e especialista na gestão de riscos em projetos de financiamento na modalidade Project Finance. https://www.linkedin.com/in/decio-michellis-jr-865619116/Decio Michellis Jr. – Licenciado em Eletrotécnica, com MBA em Gestão Estratégica Socioambiental em Infraestrutura, extensão em Gestão de Recursos de Defesa e extensão em Direito da Energia Elétrica, é Coordenador do Comitê de Inovação e Competitividade da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica – ABCE, assessor técnico do Fórum do Meio Ambiente do Setor Elétrico – FMASE e especialista na gestão de riscos em projetos de financiamento na modalidade Project Finance.

 

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