Por Lucilene Oliveira – Bombas-relógios prestes a explodir se o processo de desativação não for feito adequadamente. É dessa maneira que especialistas consultados pelo Agora se referem aos cerca de 825 postos de gasolina com a atividade encerrada em São Paulo, de acordo com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado De São Paulo), ligada à gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
O professor Rogério Aparecido Machado, do curso de química do Mackenzie, explica que mesmo ao esvaziar os tanques, há acúmulo de substâncias explosivas nas paredes dos recipientes, que podem causar explosões desencadeadas por ações simples como um cigarro. “O que se vê é um controle temerário dos postos de gasolina, que deveriam ter uma fiscalização muito mais efetiva”, disse.
Cinco meses após ter sido fechado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), por vender gasolina adulterada, o posto de combustível na esquina das ruas Santa Cruz com José Cociuffo, no Cursino (zona sul), engorda as estatísticas da Cetesb.
“O meu patrão tinha alugado para um grupo de malandros que fez essas besteiras aqui. Ele está voltando dos Estados Unidos para alugar o posto para outro grupo”, disse o funcionário do posto de combustível, que passa os dias e noites no local para evitar invasões.
Fonte: Agora – São Paulo, 25/09/2016
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