Ansiedade, depressão, dificuldades de aprendizado, anemia crônica, estresse, alergia, doenças respiratórias, ataque cardíaco, redução de peso e estresse. O que todas essas patologias têm em comum? A influência. De acordo com estudos científicos, todas essas doenças possuem alguma associação com a poluição atmosférica, com o agravante de que dessa causa não há como se esconder: mesmo que você não more em um grande centro urbano, as partículas não têm limites geográficos, viajando centenas de quilômetros.
O estudo intitulado Estado das Cidades da América Latina e Caribe, divulgado na terça-feira, 21 de agosto, emite mais um alerta à população brasileira sobre a qualidade do ar nas grandes metrópoles.
Em uma comparação entre grandes países e regiões do continente, a pesquisa revela que o Brasil é o segundo maior poluidor da América Latina, perdendo apenas para o México. Os dois países juntos respondem por mais da metade das emissões de poluentes latino-americanas.
Entre as grandes cidades, somente Belo Horizonte se salva. As demais demonstram uma concentração muito maior do que a recomendada pela Organização Mundial da Saúde (20 microgramas por m³).
Fortaleza é a pior nesse sentido. A concentração de poluentes na atmosfera chega a 80 microgramas/m³, 30 a mais do que a capital paulista, por exemplo.
Mobilidade
O grande vilão da história é, como se pode imaginar, o setor de transporte. O relatório aponta que 38% da poluição emitida na América Latina é oriunda do escapamento de carros, ônibus e caminhões. Problema que pode virar solução, uma vez que o estudo constata que a mobilidade das cidades latino-americanas está baseada no transporte individual.
Uma expansão do transporte público coletivo mataria dois problemas com um tiro só: além de reduzir congestionamentos, diminuiria os altos índices de poluição urbana, visto que emite menos poluentes do que os meios de transporte particulares (em razão da proporção).
Leia aqui o relatório completo (em espanhol)
(EcoD)