Um iceberg de 119 quilômetros quadrados, o dobro do tamanho da ilha de Manhattan, em Nova York, se rompeu esta semana de uma das maiores geleiras da Groenlândia, território autônomo da Dinamarca no Ártico.
Os cientistas vinham observando por muitos anos a rachadura de 24 quilômetros na ponta norte da plataforma de gelo Petermann Glacier, que cobre quatro quintos da Groenlândia e fica no noroeste da região.
Os pesquisadores suspeitam que o culpado pela ruptura seja o aquecimento global, mas isso ainda não está comprovado. Esta semana, foi divulgado que o Ártico teve a maior perda de gelo marinho já vista em um mês de junho.
O novo iceberg deve se partir em vários menores e seguir em direção ao norte, depois ao oeste e finalmente parar na província canadense de Newfoundland.
A mesma geleira produziu há dois anos um iceberg com duas vezes o tamanho do atual. Segundo o professor Andreas Münchow, da Universidade do Delaware, nos EUA, existem dados de 150 anos sobre a região e ainda não haviam sido vistas mudanças como as registradas nos últimos três.
De acordo com Muenchow, o norte da Groenlândia e o Canadá estão esquentando cinco vezes mais rápido que a temperatura média global.
Para o glaciologista Eric Rignot, da agência espacial americana (Nasa), essa quebra na geleira não faz parte de variações naturais. Muitos dos glaciares no sul da Groenlândia estão derretendo a um ritmo “extraordinariamente rápido”. Se continuar, o derretimento deve atingir e alterar o nível do mar. (Fonte: Globo Natureza)