Durante as últimas semanas, o nível chocante de poluição do ar de Pequim e de outras cidades da China tem sido tema constante, tanto na mídia chinesa quanto na Ocidental.
Porém, tão assustador quanto as densas nuvens de fumaça que cobrem o céu é o aumento do nível de poluição das águas. De acordo com um relatório divulgado em 2012, “cerca de 40% dos rios chineses estão seriamente poluídos” e “20% estão tão poluídos que suas águas são tóxicas e impróprias ao contato humano”.
Parte do problema se deve às aproximadamente 10 mil indústrias petroquímicas ao longo do rio Yangtze e de outras 4 mil instaladas ao longo do Rio Amarelo. O cenário parece ainda mais alarmante se levarmos em conta que, embora extremamente poluídos, nenhum desses dois rios está entre os sete mais poluídos da China.
Segundo o Ministério de Supervisão do país, em média 1.700 acidentes industriais por ano poluem as águas da China. Os vazamentos (ou lançamentos) de poluição industrial nas águas dos rios chineses são responsáveis anualmente por cerca de 60 mil mortes prematuras.
No Brasil, esgotos dométicos são os principais poluidores
Em 2011, a fundação SOS Mata Atlântica divulgou uma análise feita com amostras de água de rios e lagos em 70 cidades de 15 estados e do Distrito Federal. O resultado é desanimador: em 4% das amostras, a qualidade da água é péssima, em 28% é ruim e em 68% regular.
De acordo com a organização, há 20 anos a poluição dos rios brasileiros era principalmente composta por resíduos industriais e produtos químicos. Hoje, esse tipo de poluição está mais controlado, mas foi substituído. Atualmente, cerca de 70% dos poluentes vêm do esgotos domésticos e 30% basicamente do lixo.
Fonte: The Diplomat/Opinião e Notícia