Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreenderam, esta semana, 8 mil metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente no Pará. O volume equivale a 320 caminhões cheios do produto. A apreensão foi resultado de uma das primeiras ações do órgão no estado em 2013, desde que a Operação Onda Verde foi iniciada no início de fevereiro.
A operação ocorreu ao longo dos rios Curuatinga e Curuá-Una, a quase 200 quilômetros de Santarém. No Pará, três helicópteros e quase 100 agentes foram distribuídos em frentes montadas em Uruará, Anapu e Novo Progresso, no oeste do estado.
Durante todo este ano, agentes do Batalhão de Polícia Ambiental do Pará, do Ministério do Trabalho e Emprego e da Força Nacional de Segurança estão reforçando as equipes ambientais que tentam combater a destruição da floresta em regiões líderes em desmatamento na Amazônia Legal.
Na região do Rio Curuatinga, que já vem sendo monitorada pelo Ibama desde 2012, além da apreensão de madeira, as equipes conseguiram localizar as áreas de estocagem de toras, desmontar dezenas de acampamentos de madeireiros e apreender balsas que eram levadas até portos clandestinos para carregar o produto ilegal. Pelo menos cinco portos clandestinos de embarque foram desativados.
De acordo com analistas ambientais do órgão que atuam no estado, não existem planos de manejo florestais sustentáveis aprovados na região, o que significa que qualquer extração de madeira no local é considerada ilegal.
Parte da madeira apreendida esta semana será doada para a Defesa Civil do Pará, que terá que retirar o produto da mata. Como o acesso é difícil, o material que não puder ser retirado será destruído no local.
Em Mato Grosso, os fiscais ainda aguardam a chegada de soldados da Força Nacional. O superintendente do Ibama no estado, Marcus Keynes, disse que, com o reforço, será possível dobrar o número de equipes que atuam na região. Nos últimos dias, as equipes ambientais conseguiram identificar e apreender duas cargas irregulares de madeira em toras na região de Sinop, a quase 500 quilômetros da capital Cuiabá.
Fonte: Agência Brasil