quinta-feira , 28 março 2024
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Moradia é maior desafio da América Latina, diz ONU

PEDRO SOARES, do Rio. Folha de SP.

Apesar dos avanços dos serviços públicos, o problema da moradia persistia na América Latina, segundo dados da ONU. O deficit habitacional na região subiu de 38 milhões de residências em 1990 para para uma cifra entre 42 milhões e 51 milhões em 2011.

Trata-se, segundo a ONU, de "um dos maiores desafios" da região. O percentual de pessoas que viviam em moradias precárias (favelas e assemelhados), porém, caiu: passou 33% em 1990 para 24% da população em 2010.

  Felipe Dana/Associated Press  
Vista da favela da Rocinha, no Rio; população em moradias precárias caiu
Vista da favela da Rocinha, no Rio; população em moradias precárias caiu

Esse percentual, porém, varia muito entre os países: era 5% no Suriname e de até 70% no Haiti — no Brasil, chegava a quase 30%; na Argentina, oscilava em torno de 20%.

Por outro lado, o relatório destaque que tem "melhorado consideravelmente" as condições de acesso aos serviços básicos: a eletricidade estava presente entre 97% e 100% das áreas urbanas em 2010, a cobertura na água encanada atingia 97% das moradias e o saneamento atendia a 86% das residências.

Não existem, porém, dados precisos sobre a qualidade dos serviços e estima-se que há uma perda de 40% da água durante o processo de distribuição –o dobro do aceitável para países emergentes.

  Thony Belizaire/France Presse  
Vista geral de favela em Porto Príncipe, no Haiti
Vista geral de favela em Porto Príncipe, no Haiti

Em seu conjunto, América Latina e Caribe formavam a região com a maior taxa de homicídios do mundo (mais de 20 por cada 100 mil habitantes), muito acima da média global (7 por cada 100 mil habitantes). Tal situação, diz a ONU, é fruto de "baixo desenvolvimento humano e econômico e grandes disparidades de renda".

MOBILIDADE E MEIO AMBIENTE

O relatório da ONU mostra ainda que em 15 cidades de nove países da região (113 milhões de habitantes) 71% das viagens realizadas ocorriam em 2007 por meio de transporte público coletivo, a pé ou de bicicleta.

Segundo o estudo, as principais emissões de gases de efeito estufa estavam associadas à vida urbana e derivavam de queima de combustíveis fósseis para transporte (38%), da produção de eletricidade (21%) e do uso industrial (17%).

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